Projeto Raízes
Procurando resgatar a cultura da pesca artesanal, Raízes remete aos ancestrais navegadores, os primeiros desbravadores da região, que tinham como a pesca sua única forma de sustento, tendo que enfrentar diariamente toda mística e perigos que envolvem o oceano.
Hoje com o avanço da pesca industrial está dificultando cada vez mais essa atividade na região.
Trabalho documental que Rafael Saldanha vem realizando desde 2016, acompanhando os pescadores nas suas jornadas de trabalho, em Penha SC, Brasil.
(Luiz Garcia)
Por isso também, este projeto se converte em homenagem aos 200 anos da Colônia da Nova Ericeira, estabelecida no litoral Norte Catarinense – uma herança de imigrantes que deixaram Portugal para tentar novas lidas na costa brasileira, em especial no trecho catarinense.
Por isso também, este projeto se converte em homenagem aos 200 anos da Colônia da Nova Ericeira, estabelecida no litoral Norte Catarinense – uma herança de imigrantes que deixaram Portugal para tentar novas lidas na costa brasileira, em especial no trecho catarinense.
Raízes teve seus primeiros registros coletados em 2012, em Penha, Santa Catarina, onde a cultura da pesca artesanal mantém viva a tradição dos ancestrais portugueses.
O contato de Rafael Saldanha com os pescadores históricos dessa comunidade tornou-se uma experiência cada vez mais reveladora.
O resultado dessa incursão no universo desses profissionais exibiu uma grandeza épica, ainda que banalizada pela rotina da atividade.
O vigor das primeiras imagens captadas apontou um caminho que até então nem estava tão evidente. Logo elas imporiam um desafio maior.
Foi no final de 2017, ano que antecede o bicentenário da citada colônia pesqueira, que minha pesquisa me levou às comunidades originais, onde fiz meus registros de pescadores em Ericeira e na Costa da Caparica, em Portugal.
O contato com os representantes originários dessa tradição foi surpreendente e elevou substantivamente a abordagem e o escopo do projeto.
Ao mesmo tempo, permitiu dar um enfoque ampliado sobre o tema, expondo as singularidades de cada uma das comunidades.
Aqui e lá, pude perceber a força imagética dessa atividade. Em ambos os lados da borda oceânica, revelaram-se diante de minhas objetivas, heróis anônimos que desafiam diariamente a força e o mistério do mar.
Mesmo com um oceano de distância e depois de duzentos anos, ainda se mantém semelhantes as atividades pesqueiras, as dificuldades e principalmente a ausência cada vez mais evidente de jovens na pesca artesanal.